Plano geral de comunicação e disseminação seletiva da informação sobre saúde mental no contexto da pandemia COVID-19

Processo: 23112.008766/2020-22


Coordenadora: Luciana de Souza Gracioso

Apresentação e justificativas:
O contexto pandêmico pede ações urgentes e transdiciplinares para que sejam garantidos o direito a saúde, a segurança e ao conhecimento correto sobre os fatos e suas consequências. Este projeto se vincula ao Programa de extensão, Saúde Mental em Ação e a pandemia COVID-19, criado especificamente para acolher as atividades em desenvolvimento, sobre o contexto da pandemia. Assim, tanto no âmbito acadêmico, como social, almeja-se poder colaborar com a construção de ações que dinimizem a circulação da informação fazendo-a chegar as suas demandas concretas e necessárias.
Metodologia:
Base teórica de apoio: Teoria da Ação Comunicativa e Verdade e Justificação (J. Habermas) Implicaturas conversacionais (Paul Grice). A partir de Habermas, é possível entendermos a configuração social a partir de duas perspectivas comunicativas:
- do Mundo da Vida, na qual seus atores são orientados pela força emancipatória, inerente a condição humana, que por sua vez, rege o desenvolvimento da razão comunicativa, que orientação as ações comunicativas que buscam o entendimento mútuo;
- do Mundo dos Sistemas, no qual instituições redefinem a razão comunicativa convertendo-a em razão instrumental, as ações comunicativas se convertem em ações estratégicas e a busca de consenso de se converte em busca de sucesso.

Resultados esperados:
Identificação e promoção de estratégias de comunicação seguindo osr 5 movimentos comunicativos propostos:
1 - do mundo do sistema (academia) para o mundo do sistema (academia);
2 - do mundo do sistema (academia) para o mundo da vida (comunidade em geral);
3 - do mundo do sistema (academia) para o mundo da vida particular (públicos específicos);
4 - do mundo da vida (comunidade em geral e públicos específicos) para mundo do sistema (academia);
5 - do mundo da vida para o mundo da vida.
Para cada movimento, para que de fato se crie a esfera pública para compartilhamento de subjetividades, seria necessário respeitar as garantias de validação comunicativa, a saber:
- Verdade (informações vinculadas a fatos);
- Sinceridade (posicionamento);
- Retidão (legitimidade, justificativa);
- inteligibilidade (linguagem apropriada).

Somam-se a estes princípios, as máximas conversacionais propostas por Paul Grice (Base cooperativa):
- quantidade (menos é mais, tanto para conteúdo, quanto para a exposição da informação);
- qualidade (precisão, veracidade – sem ironias – metáforas);
- relevância (manter tópico fiel aos interesses do público alvo);
- modo (que recurso de mediação usar, qual linguagem usar, qual meio de comunicação usar).
(Cabe o destaque que estas ações seriam mais coerentes no plano real de interações conversacionais não mediadas por tecnologias).

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